Dono da SAF alvinegra diz que rumores sobre saída são infundados e reforça que a gestão segue estável, mesmo sem o Lyon no grupo
Durcesio Mello, John Textor e João Paulo Magalhães Lins — Foto: Reprodução
O empresário John Textor, dono da SAF do Botafogo, se pronunciou nesta segunda-feira (7) após boatos sobre uma possível saída do comando do clube. Em entrevista ao Jogo de Hoje, o americano afirmou que não existe qualquer disputa interna com o clube social e que a estrutura administrativa do Alvinegro segue firme.
Durante a manhã, circularam mensagens em grupos de WhatsApp mencionando um suposto encontro entre João Paulo Magalhães Lins, presidente do clube social, e representantes das empresas Eagle e Ares — esta última responsável por financiar parte da compra do Lyon, da França. Textor fez questão de desmentir a informação e explicar como funciona a estrutura de suas companhias.
— Não gosto de comentar rumores, mas esse reverberou muito, então, eu vou falar. Essa notícia é baseada em nada. Não tem como ter uma reunião da Eagle sem eu estar envolvido. Vou explicar como tudo funciona. Sou o sócio majoritário da Eagle Football Holdings, essa empresa é dona de uma sub-empresa chamada Eagle Football Holdings MIDCO, eu sou o único diretor dela. E ela é a sócia da Eagle BIDCO, que é ligada aos clubes. A diretoria (da BIDCO) tem eu, Mark Affolter, da Ares, e Chris Mallon. Haverá mudanças nesse grupo em breve, mas eu continuarei no grupo — detalhou o empresário.
Textor contou que conversou diretamente com João Paulo Magalhães Lins, que negou qualquer tipo de reunião com representantes da Ares. O americano também rechaçou a possibilidade de disputa pelo controle do Botafogo.
— João Paulo comanda o clube social, eles têm várias opiniões. Eles têm 10% do Botafogo, estão sempre convidados para colaborar quando quiserem, mas a Eagle Football tem 90%. Não somos o Vasco, isso não é a 777. Temos bons acionistas e a governança do clube está boa, não precisa de mudanças.
A fala faz referência à crise enfrentada pela 777 Partners, antiga dona da SAF do Vasco, que teve o controle da equipe questionado judicialmente por problemas financeiros. Textor, no entanto, reforçou que o Botafogo vive uma realidade completamente diferente e que a saúde financeira do clube é sólida.
— Os acionistas vão continuar ajudando. Eu disse que gostaria de morrer nesse clube, eu vou morrer no Botafogo. Não sei se isso significa que eu serei o líder para sempre, não sei quantos anos nessa intensidade um ser humano pode aguentar (risos), mas Eagle Football vai continuar apoiando esse grande clube e os torcedores não precisam se preocupar. Temos roupa suja para lavar, como uma família, mas vamos passar por isso não importa como.
Com o tom firme e confiante, Textor reafirmou seu compromisso com o Botafogo e encerrou qualquer rumor sobre instabilidade na SAF alvinegra.
✦ Fonte – Jogo de Hoje 360°