Canetas utilizadas por atletas teriam sido adquiridas de fornecedor sem autorização da Anvisa; clube e profissional rompem parceria
Eduardo Rauen deixa o São Paulo — Foto: Reprodução / Instagram
O São Paulo decidiu romper o contrato com o médico Eduardo Rauen após a revelação de irregularidades envolvendo o uso de canetas emagrecedoras por jogadores do elenco profissional. A decisão foi tomada nesta terça-feira, depois de vir à tona que o fornecedor do medicamento não possuía autorização da Anvisa para comercialização do produto.
As canetas, à base de tizerpatida, foram indicadas e aplicadas em dois atletas durante período de tratamento fisioterápico. A rescisão do vínculo aconteceu após a divulgação de uma reportagem apontando falhas na procedência do medicamento utilizado.
Fornecedor não tinha liberação da Anvisa
De acordo com a apuração, o medicamento foi adquirido por meio de um vendedor que não estava autorizado pela Anvisa a fornecer esse tipo de produto no Brasil. Embora a substância em si seja regularizada, a origem irregular do fornecimento motivou o rompimento entre o clube e o nutrólogo.
O São Paulo ainda não se pronunciou oficialmente sobre a saída do médico após a rescisão, mas já havia se manifestado anteriormente sobre o uso do medicamento.
Médico nega relação com lesões no elenco
Na última sexta-feira, antes da rescisão contratual, Eduardo Rauen afirmou que o uso das canetas não teve qualquer ligação com o elevado número de lesões enfrentadas pelo São Paulo ao longo da temporada de 2025. Segundo ele, o tratamento foi restrito, pontual e aplicado apenas em jogadores que estavam fora de combate.
O médico explicou que os atletas apresentavam IMC elevado e dores articulares, e que o medicamento foi utilizado de forma criteriosa, com acompanhamento médico e sem impacto direto no desempenho esportivo.
Clube reforça protocolo médico e segurança dos atletas
Em nota divulgada anteriormente, o São Paulo ressaltou que os tratamentos realizados foram individualizados, negando qualquer uso indiscriminado da medicação. O clube também destacou que o medicamento é autorizado pela Anvisa quando utilizado dentro das normas, com prescrição e acompanhamento profissional.
Além disso, o Tricolor reforçou seu compromisso com a saúde dos atletas e afirmou que todas as condutas médicas adotadas internamente seguem critérios éticos e legais, independentemente de serem executadas por colaboradores, consultores ou prestadores de serviço.
✦ Fonte – Jogo de Hoje 360°