Senado Federal tem 81 pedidos de impeachment de ministros do STF; 43 contra Moraes

Escrito em 03/12/2025


Alcolumbre diz que Gilmar Mendes tenta usurpar funções ao limitar impeachment no STF O Senado Federal acumula 81 pedidos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2021. As solicitações aguardam análise do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP). Entre os ministros mais citados, Alexandre de Moraes lidera com 43 pedidos, na sequência aparecem o agora ministro aposentado Luís Roberto Barroso com 20 e Gilmar Mendes com 10. A lei atual do impeachment permite que todo cidadão peça a saída de uma autoridade dos Poderes Executivo e Judiciário. No entanto, nesta quarta-feira (03), o ministro Gilmar Mendes do STF limitou esse direito à Procuradoria-Geral da República (PGR). Gilmar Mendes durante o julgamento sobre a prisão após 2ª instância Rosinei Coutinho/SCO/STF Considerando a regra de que qualquer pessoa pode pedir o impeachment, um levantamento da GloboNews indica que mesmo ministros que entraram há pouco tempo na Corte já tem um número significativo de pedidos de afastamento, como Flávio Dino, que ocupa o 4° lugar da lista com 8 pedidos. Alexandre de Moraes: 43 Luís Roberto Barroso (aposentado em outubro): 20 Gilmar Mendes: 10 Flávio Dino: 8 Dias Toffoli: 6 Cármen Lúcia: 5 Edson Fachin: 4 Cristiano Zanin: 3 Luiz Fux: 2 Kassio Nunes Marques: 1 André Mendonça: 1 Todos os pedidos foram engavetados – não tiveram prosseguimento para um processo de impeachment nem foram arquivados. Pela lei atual, de 1950, o presidente do Senado não precisa se manifestar sobre os pedidos. Davi Alcolumbre e Gilmar Mendes Marcos Oliveira/Agência Senado e Rosinei Coutinho/SCO/STF Bolsonaro pediu impeachment de Moraes No período analisado, de 2021 a 2025, somente um pedido foi respondido pelo presidente do Senado, à época, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Em 20 de agosto de 2021, o então presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), pediu o impeachment de Moraes. O motivo foi a abertura de investigação sobre uma live de 29 de julho de 2021. Seis dias depois, Pacheco negou dar prosseguimento ao pedido de impeachment por não ver “justa causa”. Mais tarde, a live foi citada pela PGR como o início da trama para uma tentativa de golpe de Estado liderada por Bolsonaro. O ex-presidente foi condenado a 27 anos de prisão por atentar contra a democracia brasileira.
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