Escritório da corrupção: esquema da Refit era descrito em janelas A Receita Federal e a Polícia Federal (PF) irão investigar as informações do esquema de corrupção da Refit, escritos em janelas de vidro de um escritório na região da Cinelândia, no Rio de Janeiro (RJ). 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça As fotos foram obtidas pelo blog na última quinta--feira (27), quando uma megaoperação foi deflagrada em cinco estados e no Distrito Federal sobre suspeitas de um esquema de sonegação e lavagem de dinheiro envolvendo o grupo Fit, proprietário da Refit, ex-refinaria de Manguinhos. Esquema de corrupção da Refit era anotado em janela de vidro. Arquivo Pessoal As imagens mostram nomes de operações, de transportadoras, de refinarias, de investigados e até de autoridades escritos com caneta nessas janelas de vidro. Os investigadores estão chamando o local de "escritório da corrupção". Anotações em janela de escritório do Grupo Refit mostram 'pendências'. Arquivo Pessoal Conforme a apuração do blog, as janelas mostram que a Refit monitorava autoridades do Judiciário e do Congresso. Havia inscrições como "mapeamento do Judiciário", "mapaeamento das Procuradorias estaduais", "mapeamento do ministério" e "mapeamento dos portos". Chamou a atenção também dos investigadores a inscrição "dashboard do crime". Até agora, investigadores apontam para algumas hipóteses: as anotações mostrariam a estratégia de guerra da Refit para avançar sobre o território dominado pelo PCC, já que os nomes Beto Louco e Mohamed aparecem. Os dois são investigados pelo Ministério Público de São Paulo suspeitos de comandar esquema bilionário da facção no setor de combustíveis. Outra hipótese é a de que os escritos foram deixados como forma de recado e principalmente “monitoramento do judiciário”, como uma forma de lembrar de que uma possível delação poderia causar grandes problemas ao Judiciário. Por fim, seria uma forma de deixar falsas pistas e embaralhar as investigações. Em uma das anotações no escritório da Refot aparece o nome de Beto Louco, um dos suspeitos investigados. Arquivo Pessoal Operação Poço do Lobato A operação Poço de Lobato foi deflagrada por uma força-tarefa na última quinta (27). As investigações apontaram para um sofisticado esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro pela Refit, antiga refinaria de Manguinhos, localizada no Rio de Janeiro. O grupo, segundo a Receita Federal, movimentou mais de R$ 70 bilhões em apenas um ano, utilizando empresas próprias, fundos de investimentos e empresas offshores em paraísos fiscais (criadas no exterior e em local livre de impostos) para ocultar lucros e, assim, blindá-los. 👉 Comandado pelo empresário Ricardo Magro, o grupo é considerado o maior devedor de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias ou Serviços) do estado de São Paulo, o segundo maior do Rio e um dos maiores da União. Segundo os investigadores, o objetivo da operação é desarticular o esquema que causou em prejuízo de R$ 26 bilhões aos cofres estaduais e federal. Procurada, a defesa do grupo não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem.
Esquema da Refit: PF e Receita irão investigar anotações em janelas de escritório no RJ
Escrito em 28/11/2025
Escritório da corrupção: esquema da Refit era descrito em janelas A Receita Federal e a Polícia Federal (PF) irão investigar as informações do esquema de corrupção da Refit, escritos em janelas de vidro de um escritório na região da Cinelândia, no Rio de Janeiro (RJ). 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça As fotos foram obtidas pelo blog na última quinta--feira (27), quando uma megaoperação foi deflagrada em cinco estados e no Distrito Federal sobre suspeitas de um esquema de sonegação e lavagem de dinheiro envolvendo o grupo Fit, proprietário da Refit, ex-refinaria de Manguinhos. Esquema de corrupção da Refit era anotado em janela de vidro. Arquivo Pessoal As imagens mostram nomes de operações, de transportadoras, de refinarias, de investigados e até de autoridades escritos com caneta nessas janelas de vidro. Os investigadores estão chamando o local de "escritório da corrupção". Anotações em janela de escritório do Grupo Refit mostram 'pendências'. Arquivo Pessoal Conforme a apuração do blog, as janelas mostram que a Refit monitorava autoridades do Judiciário e do Congresso. Havia inscrições como "mapeamento do Judiciário", "mapaeamento das Procuradorias estaduais", "mapeamento do ministério" e "mapeamento dos portos". Chamou a atenção também dos investigadores a inscrição "dashboard do crime". Até agora, investigadores apontam para algumas hipóteses: as anotações mostrariam a estratégia de guerra da Refit para avançar sobre o território dominado pelo PCC, já que os nomes Beto Louco e Mohamed aparecem. Os dois são investigados pelo Ministério Público de São Paulo suspeitos de comandar esquema bilionário da facção no setor de combustíveis. Outra hipótese é a de que os escritos foram deixados como forma de recado e principalmente “monitoramento do judiciário”, como uma forma de lembrar de que uma possível delação poderia causar grandes problemas ao Judiciário. Por fim, seria uma forma de deixar falsas pistas e embaralhar as investigações. Em uma das anotações no escritório da Refot aparece o nome de Beto Louco, um dos suspeitos investigados. Arquivo Pessoal Operação Poço do Lobato A operação Poço de Lobato foi deflagrada por uma força-tarefa na última quinta (27). As investigações apontaram para um sofisticado esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro pela Refit, antiga refinaria de Manguinhos, localizada no Rio de Janeiro. O grupo, segundo a Receita Federal, movimentou mais de R$ 70 bilhões em apenas um ano, utilizando empresas próprias, fundos de investimentos e empresas offshores em paraísos fiscais (criadas no exterior e em local livre de impostos) para ocultar lucros e, assim, blindá-los. 👉 Comandado pelo empresário Ricardo Magro, o grupo é considerado o maior devedor de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias ou Serviços) do estado de São Paulo, o segundo maior do Rio e um dos maiores da União. Segundo os investigadores, o objetivo da operação é desarticular o esquema que causou em prejuízo de R$ 26 bilhões aos cofres estaduais e federal. Procurada, a defesa do grupo não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem.