Clube mantém política de negociações fortes mesmo sem jovens fenômenos como Endrick e Estêvão no elenco e aposta em elenco valorizado e percentuais futuros
Abel Ferreira e Leila Pereira durante treino do Palmeiras no Allianz Parque — Foto: Cesar Greco
O Palmeiras segue apostando forte no mercado de transferências como uma de suas principais fontes de receita. No orçamento aprovado para 2026, o clube estima arrecadar R$ 399,6 milhões com a venda de atletas, valor que representa uma fatia significativa da previsão total de R$ 1,2 bilhão em receitas para o próximo ano.
Mesmo sem contar atualmente com jovens no mesmo patamar de projeção internacional que Endrick e Estêvão tiveram recentemente, a diretoria entende que o elenco ainda possui ativos valorizados o suficiente para sustentar números robustos no mercado.
Receita segue alta mesmo sem grandes joias imediatas
Nos últimos anos, o Palmeiras atingiu cifras elevadas impulsionado por negociações históricas envolvendo atletas da base. Em 2024 e 2025, as vendas de Endrick e Estêvão foram determinantes para inflar o caixa alviverde.
Para 2026, a projeção é mais conservadora, mas ainda expressiva. Em 2025, por exemplo, o clube deve encerrar o exercício com quase R$ 600 milhões em vendas, somando negociações de atletas como Vitor Reis e Richard Ríos, além da transferência já acertada de Estêvão.
Percentuais em ex-jogadores ajudam a compor a conta
Outro ponto considerado pelo clube são os percentuais mantidos em negociações futuras de atletas formados na Academia de Futebol. Um exemplo recente foi a venda de Kevin do Shakhtar Donetsk para o Fulham, que rendeu R$ 22,3 milhões ao Palmeiras graças à participação mantida no passe do jogador.
Esse tipo de operação segue no radar como complemento importante para alcançar a meta de quase R$ 400 milhões no próximo ano.
Ativos valorizados, mas sem pressa para vender
Internamente, a decisão neste momento é preservar jogadores considerados estratégicos. Allan, destaque recente da base, tem multa rescisória fixada em 100 milhões de euros, o que garante margem de negociação apenas em caso de propostas consideradas excepcionais.
No ataque, Flaco López e Vitor Roque aparecem como nomes monitorados pelo mercado internacional após temporadas artilheiras. Ainda assim, a orientação do clube é manter ambos pelo menos até a próxima Copa do Mundo, já que os dois figuram com frequência em convocações e podem disputar o torneio.
Saídas pontuais podem elevar arrecadação
Além das grandes negociações, o Palmeiras também trabalha com a possibilidade de vender jogadores que devem perder espaço no elenco. O técnico Abel Ferreira já indicou que ajustes estão previstos, abrindo caminho para reformulações.
Micael, por exemplo, tem conversas em andamento com clubes do exterior, com discussões sobre venda definitiva ou empréstimo com opção de compra. Outros nomes como Giay, Aníbal Moreno e Emiliano Martínez também surgem como possíveis alvos de equipes estrangeiras após uma temporada abaixo do esperado.
Base segue observada pelo mercado europeu
Mesmo sem atingir cifras recordes, atletas formados no clube continuam despertando interesse fora do país. Jogadores como Benedetti, Luighi e Riquelme Fillipi estão no radar europeu e podem gerar receitas relevantes nos próximos ciclos.
Venda já confirmada para 2026
A única negociação já assegurada no orçamento do próximo ano é a transferência de Amanda Gutierres para o Boston Legacy, dos Estados Unidos. A operação entrou para a história como a maior venda do futebol feminino brasileiro, no valor de US$ 1,1 milhão, aproximadamente R$ 5,9 milhões na cotação da época.
✦ Fonte – Jogo de Hoje 360°

