Fantástico traz informações exclusivas sobre o caso Benício; polícia fala em erro médico O Fantástico deste domingo (7) traz informações exclusivas sobre as investigações da morte de Benício Xavier, de 6 anos, após receber uma dose incorreta de adrenalina na veia em um hospital particular de Manaus (AM). "Perguntei: cadê a inalação com adrenalina? [Responderam:] 'Mas tá aqui na prescrição médica: a médica prescreveu na veia'", relatou a mãe de Benício, Joice Xavier de Carvalho, à reportagem. Benício foi levado ao Hospital Santa Júlia no dia 22 de novembro com tosse seca e suspeita de laringite. Segundo a família, ele recebeu a prescrição de lavagem nasal, soro, xarope e três doses de adrenalina intravenosa de 3 ml a cada 30 minutos, aplicadas por uma técnica de enfermagem. O menino piorou rapidamente: ficou pálido, com membros arroxeados, e disse que "o coração estava queimando". Ele foi levado para a UTI, mas sofreu paradas cardíacas. As câmeras de segurança do hospital registraram todo o tratamento que Benício recebeu. Para a polícia, foi erro médico. A médica que atendeu Benício, Juliana Brasil Santos, admitiu o erro em um documento enviado à polícia e em mensagens em que pediu ajuda ao médico Enryko Queiroz. Segundo a defesa dela, a confissão foi feita "no calor do momento" e alegou falha no sistema do hospital. 🔍 A adrenalina age de forma rápida e tem efeitos potentes no coração, nos vasos sanguíneos e no sistema respiratório. Quando inalada, tem menor absorção sistêmica e age mais nas vias aéreas. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público (MPAM) como homicídio doloso qualificado, considerando inclusive a possibilidade de crueldade. O delegado Marcelo Martins, do 24° Distrito Integrado de Polícia (DIP), chegou a pedir a prisão preventiva da médica, mas ela está protegida por um habeas corpus preventivo concedido pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). Ao menos três testemunhas afirmaram, em depoimento à polícia, que a médica tentou adulterar o prontuário médico para omitir o erro na prescrição, segundo o delegado. Benício Xavier, de 6 anos, morreu após receber dose incorreta de adrenalina em hospital de Manaus. Redes sociais Infográfico - Caso Benício Arte g1
'Perguntei: cadê a inalação com adrenalina?', diz mãe de Benício, que morreu após dose incorreta de medicamento
Escrito em 07/12/2025
Fantástico traz informações exclusivas sobre o caso Benício; polícia fala em erro médico O Fantástico deste domingo (7) traz informações exclusivas sobre as investigações da morte de Benício Xavier, de 6 anos, após receber uma dose incorreta de adrenalina na veia em um hospital particular de Manaus (AM). "Perguntei: cadê a inalação com adrenalina? [Responderam:] 'Mas tá aqui na prescrição médica: a médica prescreveu na veia'", relatou a mãe de Benício, Joice Xavier de Carvalho, à reportagem. Benício foi levado ao Hospital Santa Júlia no dia 22 de novembro com tosse seca e suspeita de laringite. Segundo a família, ele recebeu a prescrição de lavagem nasal, soro, xarope e três doses de adrenalina intravenosa de 3 ml a cada 30 minutos, aplicadas por uma técnica de enfermagem. O menino piorou rapidamente: ficou pálido, com membros arroxeados, e disse que "o coração estava queimando". Ele foi levado para a UTI, mas sofreu paradas cardíacas. As câmeras de segurança do hospital registraram todo o tratamento que Benício recebeu. Para a polícia, foi erro médico. A médica que atendeu Benício, Juliana Brasil Santos, admitiu o erro em um documento enviado à polícia e em mensagens em que pediu ajuda ao médico Enryko Queiroz. Segundo a defesa dela, a confissão foi feita "no calor do momento" e alegou falha no sistema do hospital. 🔍 A adrenalina age de forma rápida e tem efeitos potentes no coração, nos vasos sanguíneos e no sistema respiratório. Quando inalada, tem menor absorção sistêmica e age mais nas vias aéreas. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público (MPAM) como homicídio doloso qualificado, considerando inclusive a possibilidade de crueldade. O delegado Marcelo Martins, do 24° Distrito Integrado de Polícia (DIP), chegou a pedir a prisão preventiva da médica, mas ela está protegida por um habeas corpus preventivo concedido pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). Ao menos três testemunhas afirmaram, em depoimento à polícia, que a médica tentou adulterar o prontuário médico para omitir o erro na prescrição, segundo o delegado. Benício Xavier, de 6 anos, morreu após receber dose incorreta de adrenalina em hospital de Manaus. Redes sociais Infográfico - Caso Benício Arte g1

