David Alcolumbre cancela sabatina de Jorge Messias para a vaga no STF A indicação do presidente Lula para a vaga aberta no STF gerou um novo episódio de tensão entre governo e Congresso. A demora em formalizar o nome de Jorge Messias levou o presidente do Senado a cancelar a sabatina marcada para a semana que vem. O senador Davi Alcolumbre, do União Brasil, anunciou a decisão em pronunciamento no plenário. Alcolumbre fez novas críticas ao governo. O Planalto publicou a indicação de Jorge Messias no Diário Oficial da União no dia 20 de novembro, mas a comunicação oficial ao Senado ainda não foi enviada. “Esta omissão, de responsabilidade exclusiva do Poder Executivo, é grave e sem precedentes. É uma interferência no cronograma da sabatina, prerrogativa do Poder Legislativo. Diante da possibilidade de se realizar a sabatina sem o recebimento formal da mensagem, esta Presidência e a Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal determinam o cancelamento do calendário apresentado”, diz o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. A sabatina do advogado-geral da União, Jorge Messias, na Comissão de Constituição e Justiça e a votação no plenário do Senado estavam marcadas para a semana que vem, dia 10 de dezembro. Aliados do governo consideravam os 20 dias de intervalo entre o anúncio e a sabatina um tempo curto para Messias conversar com os senadores em busca de apoio. O candidato de Alcolumbre para o cargo era o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, do PSD. O senador escolhido para relatar a indicação de Messias, Weverton Rocha, do PDT, elogiou a decisão de Alcolumbre e disse que o presidente Lula está disposto a conversar em busca de um entendimento. “O presidente Lula me disse logo no dia de ontem que, assim que ele retornar da sua viagem ao Nordeste, provavelmente quinta-feira ou sexta, ou início da semana, ele irá procurar o presidente Davi Alcolumbre, irá marcar com ele um encontro para que os dois possam, como chefes de Poderes, dialogar. O presidente certamente entregará a ele a mensagem e aí estabelecer um novo calendário”, diz Weverton Rocha. Em novo capítulo da tensão entre Congresso e governo, Alcolumbre cancela sabatina de Jorge Messias, indicado por Lula ao STF Jornal Nacional/ Reprodução Divergências com Alcolumbre dificultam a aprovação até o fim de 2026 de matérias importantes para o governo no Congresso. Na área de segurança, o Palácio do Planalto tenta reverter no Senado mudanças feitas pelos deputados no projeto antifacção, entre elas as que retiram poder e dinheiro da Polícia Federal. O relatório do senador Alessandro Vieira, do MDB, deve ser votado na Comissão de Constituição e Justiça nesta quarta-feira (3). Na Câmara, a PEC da Segurança recebeu nesta terça-feira (2) novas críticas dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, e de Goiás, Ronaldo Caiado, do União Brasil. Segundo eles, a proposta que coloca na Constituição o Sistema Único de Segurança Pública para integrar o combate ao crime organizado enfraquece a gestão estadual na segurança. O relator, deputado Mendonça Filho, do União Brasil, deve apresentar o texto com mudanças na quinta-feira (4). O governo tem interesse também na votação de projetos na área econômica, como o do devedor contumaz, que pune empresários que usam a inadimplência fiscal de forma repetida como estratégia de negócio e com ligações com o crime organizado. A três semanas do recesso, o Congresso também precisa votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a proposta de Orçamento para 2026. Sem elas, o governo começa 2026 com bloqueio de recursos. LEIA TAMBÉM
Em novo capítulo da tensão entre Congresso e governo, Alcolumbre cancela sabatina de Jorge Messias, indicado por Lula ao STF
Escrito em 03/12/2025
David Alcolumbre cancela sabatina de Jorge Messias para a vaga no STF A indicação do presidente Lula para a vaga aberta no STF gerou um novo episódio de tensão entre governo e Congresso. A demora em formalizar o nome de Jorge Messias levou o presidente do Senado a cancelar a sabatina marcada para a semana que vem. O senador Davi Alcolumbre, do União Brasil, anunciou a decisão em pronunciamento no plenário. Alcolumbre fez novas críticas ao governo. O Planalto publicou a indicação de Jorge Messias no Diário Oficial da União no dia 20 de novembro, mas a comunicação oficial ao Senado ainda não foi enviada. “Esta omissão, de responsabilidade exclusiva do Poder Executivo, é grave e sem precedentes. É uma interferência no cronograma da sabatina, prerrogativa do Poder Legislativo. Diante da possibilidade de se realizar a sabatina sem o recebimento formal da mensagem, esta Presidência e a Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal determinam o cancelamento do calendário apresentado”, diz o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. A sabatina do advogado-geral da União, Jorge Messias, na Comissão de Constituição e Justiça e a votação no plenário do Senado estavam marcadas para a semana que vem, dia 10 de dezembro. Aliados do governo consideravam os 20 dias de intervalo entre o anúncio e a sabatina um tempo curto para Messias conversar com os senadores em busca de apoio. O candidato de Alcolumbre para o cargo era o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, do PSD. O senador escolhido para relatar a indicação de Messias, Weverton Rocha, do PDT, elogiou a decisão de Alcolumbre e disse que o presidente Lula está disposto a conversar em busca de um entendimento. “O presidente Lula me disse logo no dia de ontem que, assim que ele retornar da sua viagem ao Nordeste, provavelmente quinta-feira ou sexta, ou início da semana, ele irá procurar o presidente Davi Alcolumbre, irá marcar com ele um encontro para que os dois possam, como chefes de Poderes, dialogar. O presidente certamente entregará a ele a mensagem e aí estabelecer um novo calendário”, diz Weverton Rocha. Em novo capítulo da tensão entre Congresso e governo, Alcolumbre cancela sabatina de Jorge Messias, indicado por Lula ao STF Jornal Nacional/ Reprodução Divergências com Alcolumbre dificultam a aprovação até o fim de 2026 de matérias importantes para o governo no Congresso. Na área de segurança, o Palácio do Planalto tenta reverter no Senado mudanças feitas pelos deputados no projeto antifacção, entre elas as que retiram poder e dinheiro da Polícia Federal. O relatório do senador Alessandro Vieira, do MDB, deve ser votado na Comissão de Constituição e Justiça nesta quarta-feira (3). Na Câmara, a PEC da Segurança recebeu nesta terça-feira (2) novas críticas dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, e de Goiás, Ronaldo Caiado, do União Brasil. Segundo eles, a proposta que coloca na Constituição o Sistema Único de Segurança Pública para integrar o combate ao crime organizado enfraquece a gestão estadual na segurança. O relator, deputado Mendonça Filho, do União Brasil, deve apresentar o texto com mudanças na quinta-feira (4). O governo tem interesse também na votação de projetos na área econômica, como o do devedor contumaz, que pune empresários que usam a inadimplência fiscal de forma repetida como estratégia de negócio e com ligações com o crime organizado. A três semanas do recesso, o Congresso também precisa votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a proposta de Orçamento para 2026. Sem elas, o governo começa 2026 com bloqueio de recursos. LEIA TAMBÉM

